“Qual é a sua verdade” foi uma experiência de encontro criada por Elisa Castro para a praça da Liberdade em Vila Nova Cerveira durante a Residência Artística na 17 Bienal de Arte de Cerveira em Portugal. O trabalho aconteceu a partir de interações entre a artista e uma pessoa por vez num espaço com duas poltronas instalado em praça pública.  Elisa Castro convidava o visitante a se sentar e este começava uma fala que tinha como disparador a pergunta “Qual é a sua verdade?”. A partir daí, a artista estabelecia uma escuta sobre o conteúdo que está sendo trazido pelo participante. O visitante decidia a duração do encontro. A experiência era documentada ou não, de acordo com o desejo do participante. 
Posteriormente, as experiências de escuta documentadas foram editadas como uma costura das falas dos participantes de “Qual é a sua verdade” na intenção de construir uma só narrativa. O produto desta experiência resultou em um filme nomeado como “O Mar e a Crise”. O espaço de escuta “Qual é a sua verdade” foi ativado durante quinze dias consecutivos, durante parte da manhã e da tarde. Durante o período que o espaço de escuta foi ativado na praça, a artista se surpreendeu com o grande número de cartas que foram entregues a ela em mãos, por pessoas que não queriam falar, mas que desejavam participar. Este acontecimento, apesar de não planejado, foi assumido como parte do projeto. Ainda na residência artística da 17 Bienal de Cerveira, a artista reuniu todas as cartas que recebeu e realizou, a partir dos textos anônimos das cartas, uma oficina de construção de narrativa.